| Caciques denunciam as péssimas condições de atendimento à saúde de indígenas no Araguaia.mp3 |
Foto da manchete: Agência Brasil (imagem ilustrativa)
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Caciques de 14 aldeias da etnia Xavante realizaram uma manifestação, na última semana, contra a demissão de servidores que atuam no posto de saúde que atende mais de mil e 300 indígenas.
No ato, eles reclamam ainda da falta de medicamentos básicos.
As denúncias envolvem a chefia do Distrito Sanitário Especial Indígena, DSEI Xavante, e também há relatos de perseguição e assédio a profissionais da saúde, contra o coordenador de Barra do Garças, Romildo Ribeiro Parreira.
Na aldeia de Maraiwatsédé tem um posto de saúde para atender mil e 300 indígenas de 14 aldeias.
As equipes são formadas por enfermeiras, técnicas de enfermagem e dentistas e as escalas são de 15 dias.
Os profissionais são contratados por meio de processo seletivo da empresa terceirizada Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, com sede em São Paulo.
Segundo os caciques, há mais de seis meses não tem médico nos plantões e faltam medicamentos básicos como dipirona, paracetamol e ibuprofeno.
Parte dos profissionais que atendiam na aldeia foram transferidos para outras unidades de saúde e alguns demitidos.
Em julho deste ano, os caciques tinham solicitado que não fosse realizada a troca das equipes.
Na época, o coordenador Romildo Parreira avisou aos líderes indígenas que as mudanças estariam relacionadas a casos de favorecimento e nepotismo.
Segundo um dos servidores que trabalha no Distrito, a situação na unidade agravou.
Ele disse ainda que o DSEI Xavante está um caos. “O que estão fazendo com os Xavante é desumano”, protestou o funcionário.