| 02 Tribunal de Contas identifica falhas em 81% dos municípios na prevenção a desastres naturais.mp3 |
Foto da manchete: Divulgação TCE/MT
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Considerando que 81% dos municípios não adotam medidas eficazes para prevenir desastres naturais, o presidente do TCE, Tribunal de Contas de Mato Grosso, conselheiro Sérgio Ricardo, emitiu uma série de recomendações para fortalecer a gestão de riscos no estado.
As orientações serão reforçadas em capacitação inédita do TCE sobre proteção ambiental e defesa civil, que será realizada nesta quarta-feira, no auditório da Escola Superior de Contas.
Sergio Ricardo lembrou que o levantamento mostra que ainda há um longo caminho a percorrer na estruturação da defesa civil em Mato Grosso.
Segundo ele, o papel do Tribunal de Contas é orientar, capacitar e cobrar o planejamento necessário para proteger a população.
O conselheiro-presidente alertou que as mudanças climáticas estão aí, elas já são uma realidade e os efeitos cada vez mais frequentes dos eventos climáticos extremos.
De acordo com a Nota Recomendatória, elaborada pela Comissão Permanente de Meio Ambiente e Sustentabilidade, que é liderada por Sérgio Ricardo, apenas 6% dos municípios mato-grossenses apresentam alta capacidade de resposta a desastres.
São eles: Tangará da Serra, Rondonópolis, Pontes e Lacerda, Sapezal, Barra do Bugres, Jauru, Porto Esperidião e Guarantã do Norte.
A nota aponta que 13% dos municípios estão em estágio intermediário de capacidade de resposta como Cuiabá, Primavera do Leste, Chapada dos Guimarães e Colíder.
Por outro lado, 13 prefeituras sequer estão cadastradas no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres. Bom Jesus do Araguaia, Campos de Júlio e Nova Mutum são alguns exemplos.
Ainda de acordo com o documento, 40 municípios estão classificados com um perfil de risco que os torna mais suscetíveis a fenômenos como deslizamentos, enxurradas e inundações.
Deste total, 11 municípios, incluindo Barra do Garças, Várzea Grande, Paranatinga, Cuiabá, Sorriso e Santo Antônio de Leverger, concentram mais de seis mil pessoas vivendo em áreas mapeadas como de risco geo-hidrológico.
A implementação destas políticas será facilitada pela qualificação sobre proteção ambiental e defesa civil, começou nesta quarta-feira e prossegue até sexta-feira, 16 de maio, no auditório da Escola Superior de Contas.