Organizações criticam governador por ofensiva contra a homologação de Terras Indígenas em Mato Grosso

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Foto da manchete: Assessoria Formad

Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina

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Organizações socioambientais e movimentos sociais de Mato Grosso denunciam a ofensiva articulada do governador Mauro Mendes e de parlamentares aliados contra as quatro Terras Indígenas homologadas na última semana pelo presidente Lula, durante a COP30, em Belém, no Pará.

Para as entidades, as declarações feitas são parte de um projeto político que tenta legalizar a grilagem, manipular a opinião pública e transformar direitos constitucionais em instrumento de guerra contra os povos originários.

Segundo o Formad, Fórum Popular Socioambiental de Mato Grosso, a narrativa de que houve “ampliação” de Terras Indígenas é uma mentira deliberada, construída para acobertar interesses de invasores.

De acordo com o Formad, em Mato Grosso, as Terras Indígenas Manoki, Uirapuru e Estação Parecis tiveram seus processos concluídos há anos, com todas as etapas legais respeitadas.

O que o governo chama de “expansão” é apenas a formalização final de um direito já reconhecido.

Para as entidades ambientalistas, a posição do governador e outros políticos fomenta conflitos, além de incentivar violência e produzir racismo ambiental como estratégia política.

Em nota, as entidades afirmam que “é inaceitável que, diante da crise climática e da perda acelerada de biodiversidade, lideranças políticas deturpem a importância estratégica das Terras Indígenas”.

Para as organizações não governamentais, fica evidente que atacar Terras Indígenas é atacar o futuro do estado. É escolher o lado da destruição, da violência e do retrocesso.

As entidades dizem ainda que os povos indígenas e seus territórios são fundamentais para barrar o colapso climático, garantir água, biodiversidade e vida para toda a população.