Reunião entre Governo do Estado e o Sintep busca um acordo para encerrar a greve dos servidores da educação.mp3 |
Da redação: Sapicuá Rádio News
Dirigentes do Sintep, Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso e representantes do Governo do Estado participam nesta segunda-feira, à tarde, de mais uma audiência no Núcleo de Conciliação do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
Uma das questões que serão discutidas na audiência é o corte de ponto dos servidores da educação que estão em greve desde o dia 27 de maio.
Na primeira tentativa de acordo, a categoria recusou a proposta feita pelo Governo de Mato Grosso. Na ocasião, o Executivo propôs devolver o dinheiro do ponto cortado em duas parcelas, uma em 20 de julho e outros 50% até 10 de agosto, além de exigir o retorno imediato dos professores as salas de aula.
Os profissionais da educação recusaram a proposta em assembleia geral que só retornam as aulas se o governo do Estado apresentar uma proposta concreta em relação a Lei da dobra, que prevê reajuste salarial de 7,69% este ano.
O Sintep questiona o corte de ponto, e alega que a decisão do Supremo Tribunal Federal, não se aplica porque a greve da Educação decorre de ato ilícito cometido por parte do Poder Público.
“Tem algo mais ilícito do que não cumprir a constituição do Estado e a Lei da Dobra”, afirma o presidente do Sindicato, Valdeir Pereira.
Já o Governo do Estado alega dificuldades financeiras para honrar o pagamento dos servidores, pois está pagando os salários do funcionalismo de forma parcelada.
Outro argumento do Executivo para negar o aumento aos servidores da educação é o impedimento jurídico, já que o Estado estourou a Lei de Responsabilidade Fiscal nos gastos com pessoal.
Para o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, do DEM, a greve da Educação não tem apoio popular.
Na opinião do parlamentar, os servidores devem retornar às aulas e aguardem a situação do Estado melhorar para receberem os reajustes salariais.
Voz: Vinícius Antõnio