Pouca chuva e geada: Preço do café deve subir 40% em setembro

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Foto da manchete: Marcelo Camargo | Agência Brasil

Por Vinícius Antônio

Texto do áudio:
Mais um item indispensável na mesa do brasileiro deve ter o preço elevado.

O aumento deve ficar entre 35% e 40% até o fim de setembro.

A estimativa é da Abic, Associação Brasileira da Indústria de Café, que aponta uma série de fatores para explicar a iminente alta do preço, como a queda da produtividade devido às condições climáticas adversas e a maior demanda do mercado externo.

Segundo o diretor-executivo da Abic, Celirio Inácio, este ano, há uma soma de fatores como não se via desde o início da década de 1990. O dólar está extremamente alto, o que, ao mesmo tempo eleva os custos de produção e amplia a demanda externa.

Inácio ainda explica que após uma excelente colheita da safra de 2020, a produção, que este ano já seria menor, foi prejudicada pela falta de chuvas e por sucessivas geadas.

De acordo com a Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a safra atual não deve ultrapassar 48,8 milhões de sacas de 60 quilos de grãos.

Se atingida, esta marca vai representar um resultado 22,6% menor ao da temporada anterior. Situação que, conforme alertam os técnicos da empresa pública, pode se agravar caso a seca em regiões produtoras se prolongue por mais tempo.

Segundo Inácio, os produtores já esperavam colher um volume de grãos menor do que o do ano passado. Isto porque uma das características do cultivo do café é a bienalidade, ou seja, o fato de intercalar um ano de alta produtividade com outro de menor volume.

Contudo, a intensidade da seca ou geadas que atingiram as principais regiões de cultivo do país, obrigaram o setor a reduzir ainda mais suas expectativas iniciais.

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