Pedro Taques e Selma Arruda trocam acusações no caso da “grampolândia pantaneira”.mp3 |
Da redação: Vinícius Antônio
As declarações da senadora Selma Arruda, do PSL, causaram reações no cenário político e jurídico mato-grossense nos últimos dias. Agora, foi a vez do ex-governador Pedro Taques, do PSDB, responder a senadora.
A ex-juíza, citou Pedro Taques e seu primo Paulo Taques, ex-chefe da Casa Civil, como criadores do esquema de escutas telefônicas batizado como “Grampolândia Pantaneira”.
"Existe no meu Estado, uma tal grampolândia pantaneira, uma armação que foi feita pelo ex-governador e seu primo, que visava ouvir ilicitamente alguns políticos e outras pessoas envolvidas. Na verdade, eram pessoas de oposição ao governo dele” disse Selma.
Por sua vez, Taques não poupou palavras ao comentar a declaração de Selma. "Espero que ela possa, ao menos, me dar o direito constitucional ao devido processo legal, aliás, como eu entendo que ela também tem direito, em razão de sua condenação unânime por caixa 2 pelo TRE no nosso Estado", disse Taques.
Mesmo demonstrando irritação com o posicionamento da senadora, o ex-governador evitou polemizar o discurso da juíza aposentada que foi, por um tempo, sua aliada política.
O rompimento de Taques e Selma aconteceu nas eleições de 2018, quando ela, que compunha o arco de alianças na tentativa de reeleição do tucano decidiu abandonar a coligação. Diante do rompimento, Selma realizou sua campanha em separado, sendo eleita senadora.
Taques e Selma são citados no esquema de interceptações telefônicas clandestinas. Enquanto os militares acusam Taques de ser o mandante e financiador do esquema para interceptar adversários políticos.
Já Selma é acusada de, enquanto juíza, ter inventado uma suposta tentativa de homicídio contra a sua vida para interceptar o ex-deputado José Riva e o ex-governador Silval Barbosa.