Na Abertura Nacional da Colheita do Milho, entidades pedem a construção de armazéns.mp3 |
Foto da manchete: assessoria
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
“Enquanto não tivermos onde guardar nossos grãos, não seremos o celeiro do mundo, seremos apenas produtores, precisamos ser donos do que produzimos”.
Foi o que declarou o presidente da Aprosoja, Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Fernando Cadore, durante a Abertura Nacional da Colheita do Milho, na manhã desta quinta-feira, no Parque de Exposições, em Primavera do Leste.
O evento, promovido pela Abramilho, Associação Brasileira dos Produtores de Milho, Canal Rural em parceria com a Aprosoja, contou com as presenças de representantes de diversos setores do agro, além de autoridades locais.
Além da armazenagem, temas como mercado e política de crédito também foram discutidos nos três painéis do evento, com a participação do presidente executivo da Abramilho, Alysson Paolinelli, e do presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin.
“O objetivo foi promover uma discussão sobre esses desafios, a interação entre os participantes do setor da cadeia produtiva, insumos e créditos. As portas estão abertas para esses debates, em uma safra tão importante e junto dela temos projetos, como o de armazenagem”, explicou Fernando Cadore.
De acordo com o analista da Céleres Consultoria, Anderson Galvão, a produção de milho nesta safra está reduzida, por conta das condições climáticas.
“Estimamos no ano passado para esta safra de inverno a produção de 86 milhões de toneladas de milho, mas com o clima, janelas de plantio, seca, geadas, a produção dificilmente passará de 60 milhões de toneladas”, afirmou Galvão.
Já o presidente executivo da Abramilho, Alysson Paolinelli, disse que Mato Grosso é responsável pela grande produção de milho do Brasil e merece uma atenção especial.
“O Brasil não pode continuar a perder mercado de milho, temos que ampliar e muito nossa produção”, destacou Paolinelli.