Max Russi critica PEC da Blindagem e afirma que lei deve valer para todos

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Foto da manchete: Toko PH/Assessoria

Por Jurandir Antonio – Voz: Ana Rosa Lima

Texto do áudio:

 

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Max Russi, classificou como um “retrocesso” a aprovação da chamada PEC da Blindagem pela Câmara dos Deputados.

A proposta, que dificulta a abertura de processos criminais contra parlamentares no STF, Supremo Tribunal Federal, foi votada em dois turnos nesta semana e segue agora para o Senado.

Russi afirmou que considera a PEC da blindagem ruim e um retrocesso. Ele disse ainda que se estivesse lá na Câmara Federal, votaria contra a proposta.

O parlamentar defendeu que a legislação deve ser aplicada de forma igual a todas as pessoas, sem distinção de cargo ou poder econômico.

Na opinião de Max Russi não é possível blindar quem quer que seja, deputados ou grandes empresários.

De acordo com o parlamentar, se fez algo ilícito, tem que pagar pelo que fez, independente do cargo ou da posição.

Max reforçou que a lei tem que ser igual para todos, da pessoa mais humilde até aquele que tem poder.

Aprovada com 353 votos a favor e 134 contrários no primeiro turno, e por 344 votos a 133 no segundo, a PEC ficou conhecida entre os críticos como “PEC da Blindagem”.

O texto determina que o STF só poderá abrir investigação contra deputados e senadores mediante autorização prévia da Câmara ou do Senado.

Entre os oito deputados federais de Mato Grosso, seis votaram a favor. São eles: Coronel Fernanda, José Medeiros, Nelson Barbudo, Rodrigo da Zaeli, Coronel Assis e Gisela Simona.

Por outro lado, votaram contra a PEC os deputados Emanuelzinho e Juarez Costa, ambos do MDB.

Questionado sobre a possibilidade de projeto semelhante ser apresentado na Assembleia Legislativa, Max Russi disse que não entraria no mérito, mas destacou que, como presidente, teria obrigação de pautar qualquer matéria protocolada na Casa.