Mato Grosso tem 15 internações diárias por causa da falta de saneamento adequado

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Foto da manchete: Brenda Alcântara

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Em Mato Grosso, cinco mil 687 pessoas foram internadas por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado em 2024, e a taxa de incidência chega a 14,82 casos a cada 10 mil habitantes. 

Os números representam uma média de 15 hospitalizações por dia, que custaram mais de dois milhões e meio de reais aos cofres públicos no ano passado, com despesa média de 448 reais por internação. 

A principal doença é da transmissão feco-oral, responsável por três mil 151 internações, seguida de infecção propagada por um inseto-vetor, como o Aedes aegypti, causador da dengue, zika e chikungunya que corresponde a dois mil 436 internações. 

Os dados são da pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada na última semana. 

A maioria das pessoas afetadas são crianças de zero a quatro anos, responsáveis por mil 807 internações. 

Da faixa etária dos 20 aos 59 anos, foram mil 747 hospitalizações. 

Idosos com mais de 60 anos compreendem 989 internações. De 10 a 19 anos, 582 e de cinco a nove anos, 562. 

A epidemiologista Ana Paula Muraro explica que o estudo do Trata Brasil mostra a importância em avançar no processo de saneamento básico em Mato Grosso para reduzir o número de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. 

A falta de saneamento coloca a saúde das pessoas em risco e sobrecarrega o SUS, Sistema Único de Saúde, com doenças evitáveis. 

Segundo Ana Paula, uma questão básica é o acesso à água potável e coleta de esgoto.