Mato Grosso recebe certificação de zona livre de aftosa sem vacinação em Paris

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Foto da manchete: Assessoria da Sedec

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Durante a Assembleia da Organização Mundial de Saúde Animal, Mato Grosso obteve a certificação de zona livre de febre aftosa sem vacinação, o mais alto status sanitário do mundo na cadeia de bovinos, bubalinos e suínos.

A comitiva mato-grossense, liderada pelo vice-governador Otaviano Pivetta, celebrou o momento aguardado há décadas.

A cerimônia oficial aconteceu nesta quinta-feira, em Paris, na França.

O reconhecimento coroa um trabalho técnico e político de mais de 40 anos, com destaque para os investimentos recentes da atual gestão estadual, que aplicaram mais de 100 milhões de reais nos últimos cinco anos em estrutura, pessoal e modernização do Indea, Instituto de Defesa Agropecuária.

Os recursos públicos e privados viabilizaram concurso público, capacitação técnica, reforma de escritórios e unidades regionais, garantindo a segurança necessária para o fim da vacinação obrigatória.

“Agora é oficial, Mato Grosso livre de aftosa sem vacinação”, comemorou o secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

Já o vice-governador Otaviano Pivetta disse que a entrega do certificado representa um marco histórico para o agronegócio brasileiro e reforça o protagonismo de Mato Grosso, maior rebanho bovino do país, com 33 milhões de cabeças.

A conquista deverá ampliar o acesso do estado aos mercados internacionais mais exigentes, especialmente na Ásia.

Pivetta lembrou que o desafio agora é manter a vigilância e garantir esse status para que o Brasil possa exercer sua vocação, que é ser um grande produtor de bovinos.

O certificado entregue pela Organização Mundial de Saúde Animal sela uma transformação iniciada ainda nos anos 1970, quando a febre aftosa era um risco permanente para os rebanhos estaduais.

Desde o último foco registrado em 1996, Mato Grosso avançou com campanhas de vacinação, estruturação institucional e vigilância sanitária.

A nova certificação substitui o status de zona livre com vacinação, conquistada em 2001, e representa uma conquista coletiva de produtores, entidades e poder público, que agora precisa manter o padrão sanitário para proteger e ampliar os mercados internacionais.