Mais de 400 mulheres indígenas mato-grossenses participam de conferência e marcha em Brasília

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Foto da manchete: REM MT

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Mais de 400 mulheres indígenas de Mato Grosso marcaram presença na 1ª Conferência Nacional de Mulheres Indígenas e na IV Marcha das Mulheres Indígenas, eventos realizados entre dois e oito de agosto, em Brasília.

A delegação foi organizada pela Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso e contou com apoio do Programa REM Mato Grosso, que viabilizou o deslocamento e a participação das indígenas no evento.

Com o tema “Nosso corpo, nosso território: somos as guardiãs do planeta pela cura da terra”, a mobilização reuniu cerca de cinco mil mulheres indígenas de todos os biomas brasileiros.

Promovido pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade, com apoio do Governo Federal, o evento representou um marco na luta pelos direitos das mulheres indígenas e pela construção de políticas públicas específicas.

Durante a conferência, foram debatidos cinco eixos centrais: saúde indígena, educação, direitos e enfrentamento às violências, gestão e proteção territorial e mudanças climáticas.

Como resultado das discussões, foram elaboradas 49 propostas e, ao final da conferência, foi lançada a Carta Pela Vida e Pelos Corpos-Territórios, que vai servir de base para a criação da Política Nacional para Mulheres Indígenas.

Além das atividades da conferência, parte da delegação também aproveitou a viagem para cumprir agendas estratégicas, como encontros na FUNAI, SESAI, ministérios e embaixadas, buscando apoio para projetos e ações nos territórios.

A programação foi encerrada com a IV Marcha das Mulheres Indígenas até o Congresso Nacional, em um ato que destacou a urgência da luta pela preservação da vida e da biodiversidade.

O apoio do REM Mato Grosso aos povos indígenas, promovendo a participação dos povos nas discussões nacionais e na construção de políticas públicas reafirma o compromisso do programa no fortalecimento das organizações indígenas e na valorização do protagonismo das mulheres na defesa dos territórios, da cultura e da vida.