| 02 Ibama emite licença para asfaltamento do contorno leste da BR-158 no norte Araguaia.mp3 |
Foto da manchete: Reprodução Web
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
O Ibama, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, autorizou, no início desta semana, o asfaltamento da BR-158, pelo contorno da reserva indígena Marãiwatsédé, na região norte Araguaia.
Na ocasião, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e senador licenciado pelo PSD de Mato Grosso, comemorou a liberação da Licença de Instalação para o Contorno Leste da BR-158, anunciada pelo Ibama.
A obra no entorno da Terra Indígena Maraiwatsede, é alvo de alterações de traçado e disputas que se arrastam há mais de 10 anos.
De acordo com o ministro, a decisão do Ibama representa um marco importante para a conclusão da pavimentação da rodovia, que é considerada estratégica para o desenvolvimento da região.
Com a liberação da licença, as obras de pavimentação dos 86 quilômetros restantes da rodovia podem ser iniciadas ainda neste ano.
Essa etapa final da obra é fundamental para garantir a fluidez do tráfego e o escoamento da produção agrícola, além de melhorar a segurança e a qualidade de vida da população da região Araguaia.
A BR-158 tem início no estado do Pará e vai até o Rio Grande do Sul, próxima à fronteira do Brasil com o Uruguai.
Em Mato Grosso, a rodovia corta a região nordeste do estado, passando por cidades como Vila Rica, Confresa, Porto Alegre do Norte, Ribeirão Cascalheira, Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças.
E a obra da BR-158 faz parte do Novo PAC, Programa de Aceleração do Crescimento.
A rodovia tem um traçado que contorna a Terra Indígena Marãiwatsédé, isso porque o trecho original da rodovia que corta a reserva, entre os municípios de Canabrava do Norte e Bom Jesus do Araguaia, não pode ser asfaltado para a preservação de aspectos culturais e a sobrevivência do povo Xavante.
O chamado “Contorno Leste”, traçado a partir de um acordo entre a Funai, Fundação Nacional dos Povos Indígenas, o Ibama, e o Dnit, Departamento Nacional de Infraestrutura, aumenta o trecho em 90 quilômetros.
Esse aumento recebeu críticas de produtores e de empresários, que alegam aumento no custo do frete uma vez que a região em questão é rota de escoamento de boa parte da produção de grãos do Estado.