Governador diz que desembargador “está equivocado” e defende o fim dos “mercadinhos” nos presídios

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Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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O governador Mauro Mendes afirmou que o desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, “está equivocado” ao defender a permanência dos “mercadinhos” nos presídios e que os presos continuem tendo visitas íntimas nas penitenciárias do Estado.

Na opinião de Mendes, não deve haver “regalia” nas unidades prisionais.

Mauro disse que sua gestão tem adotado algumas medidas contra a criminalidade.

Ele citou o programa “Tolerância Zero ao Crime” que lançou no final do ano passado, que trouxe medidas, principalmente, contra a atuação das facções criminosas dentro dos presídios.

O governador afirmou que medidas mais duras virão.

Uma das medidas defendidas pelo Governo do Estado é acabar com os “mercadinhos” nas unidades prisionais. Mas o desembargador Orlando Perri é contra a proposta, argumentando que em alguns locais os “mercadinhos” suprem itens básicos que o Governo não consegue fornecer. Perri defende ainda que os presos continuem tendo visitas íntimas nas penitenciárias.

Já na opinião de Mauro, o “mercadinho” é uma regalia.

De acordo com o governador, o desembargador Orlando Perri merece todo respeito, mas acredita que ele está equivocado neste ponto.

Mauro Mendes explicou que o Estado fornece quatro refeições por dia nos presídios, refeições balanceadas, que custam caro, não tem porquê ter mercadinho.

O governador disse ainda que alguns mercadinhos vendiam whisky, cerveja, cigarro, docinho, entre outros produtos. “Não tem que ter isso dentro das unidades prisionais”, sentenciou o chefe do executivo.

O governador disse ainda que, apesar da sensação de insegurança, a maioria dos homicídios em Mato Grosso é fruto de disputas entre facções criminosas.

Ele afirmou que problemas como esse só podem ser resolvidos no Congresso Nacional, com a mudança nas leis.

Segundo Mendes, o Congresso Nacional está mais preocupado em ficar discutindo emenda parlamentar, assunto que eles discutem o ano inteiro.

“Resolver o problema da Segurança Pública, melhorar as leis não é prioridade dos parlamentares em Brasília”, criticou o governador.