| 02 Fraude no consignado causou prejuízo a 14 mil servidores estaduais, diz Pedro Taques.mp3 |
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Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Durante entrevista coletiva à imprensa nesta quarta-feira, convocada por representantes de sindicatos dos servidores públicos do Estado, o advogado e ex-governador Pedro Taques detalhou as denúncias envolvendo empréstimos consignados firmados pelos funcionários estaduais com a empresa Capital Consig.
Segundo ele, há fortes indícios de fraudes, irregularidades contratuais e prejuízos financeiros a cerca de 14 mil servidores públicos de Mato Grosso.
Taques explicou que a Capital Consig formalizou contratos sem fornecer documentos aos servidores.
De acordo com o advogado, ninguém recebeu contrato, nem cartão físico ou digital. Além disso, a Capital não é banco comercial, como exige a lei para operar esse serviço.
Também foram denunciadas cobranças abusivas e cálculos distorcidos, que teriam causado prejuízos diretos aos servidores.
Na ocasião, Taques disse ainda que seu escritório ingressou com denúncias e representações no Ministério Público Federal, por possíveis crimes federais, Ministério Público de Mato Grosso, para abertura de inquérito civil e policial, no Tribunal de Contas do Estado, Assembleia Legislativa e Banco Central.
Já o presidente do Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo de Mato Grosso, Antônio Wagner, afirmou que o prejuízo estimado por irregularidades nos consignados pode chegar a 500 milhões de reais e considera que o montante seja motivo suficiente para a abertura de uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito.
Pedro Taques reforçou ainda que a Seplag, Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão, ao determinar a suspensão, por 90 dias, dos descontos em folha referentes aos contratos da Capital Consig, atendeu a um pedido formal do escritório e dos sindicatos.
O advogado explicou que a suspensão vale para todos os servidores afetados, sejam sindicalizados ou não.
De acordo com Taques, ninguém será obrigado a pagar por um contrato que sequer viu ou assinou.