Estudo prevê ampliar área irrigada em Mato Grosso para manter produção recorde de grãos

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina

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Um estudo encomendado pelo Governo do Estado vai identificar o potencial das águas subterrâneas e águas superficiais, como rios e lagos, em Mato Grosso, visando aumentar a área da agricultura irrigada para garantir a produção de grãos, diante da redução gradativa das chuvas desde o ano 2000.

O levantamento será feito pelo Instituto Mato-grossense de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação, em parceria com a Universidade Federal de Viçosa e a Universidade do Nebraska.

O trabalho vai começar pela região de Primavera do Leste, na bacia do Rio das Mortes, e em Sorriso, na bacia do Alto Teles Pires. A previsão de duração é dois anos.

O governador Mauro Mendes afirmou que as mudanças climáticas já começaram a impactar a forma de produzir e que é preciso adotar medidas para que o Estado continue sendo líder na produção de grãos.

Já o presidente do Instituto de Feijão, Otávio Palmeira, afirmou que a ação do Estado demonstra a preocupação com toda a cadeia da produção de alimentos.

Para o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, os estudos vão ajudar Mato Grosso a desenvolver uma legislação ambiental de irrigação para o estado, de forma sustentável e com responsabilidade.

Para aumentar o ritmo de produção de 100 milhões de toneladas de grãos estimada para a safra 2022/2023, Mato Grosso pode utilizar de dois milhões a 12 milhões de hectares de áreas irrigadas.

Com isso, além de garantir a 2ª safra, a agricultura por irrigação poderá garantir uma 3ª safra que pode ser de feijões, ervilhas, grão de bico, lentilha, entre outros, com plantio durante o período da seca e colheita antes do início do ciclo da soja.