Começa o vazio sanitário para combater o bicudo-do-algodoeiro e proteger a safra nacional

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Por Jurandir Antonio – Voz: Ana Rosa Lima

Texto do áudio:

Está começando em todo Brasil, os períodos de vazio sanitário do algodão, para combater o bicudo-do-algodoeiro, praga considerada a mais destrutiva da cotonicultura.

O calendário varia de acordo com a região, mas em todos os casos o objetivo é o mesmo: eliminar completamente plantas vivas e restos culturais que possam servir de abrigo ao inseto entre uma safra e outra.

A estratégia é considerada essencial para proteger uma cadeia que, em 2024, exportou um milhão setecentos e vinte mil toneladas de fibra, movimentando cerca de 18 bilhões de reais e consolidando o Brasil como segundo maior exportador global.

A cotonicultura concentra-se no Cerrado, com destaque para Mato Grosso, Bahia e Mato Grosso do Sul, mas São Paulo, Goiás e outros estados também mantêm áreas relevantes e legislação própria para o vazio.

Originário das Américas, o bicudo-do-algodoeiro ataca preferencialmente estruturas reprodutivas da planta.

Ao perfurar botões florais e maçãs para se alimentar e depositar ovos, provoca queda prematura e compromete fibras e sementes.

O impacto pode ser devastador: em áreas sem controle, a redução da produtividade ultrapassa 50%.

Por isso, a eliminação de soqueiras e rebrotes, já que o algodão é uma planta perene e de difícil erradicação, é condição indispensável para o sucesso da medida.