Com maior lucratividade, cultivo de maracujá aumenta em Mato Grosso.mp3 |
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Por Vinícius Antônio
Texto do áudio:
Com preços melhores garantidos pelas indústrias, o cultivo de maracujá ganhou mais produtores e tornou-se mais lucrativo nos últimos anos em Mato Grosso.
O estado tem atualmente 412 hectares de área cultivada, sendo a maior parte da espécie amarelo azedo, usado para a produção de polpas, segundo dados da Empaer, Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural.
No cultivo mato-grossense é utilizado o maracujá BRS Gigante Amarelo, que tem frutos grandes com peso de cerca de 300 gramas cada, e rendimento de polpa em torno de 40%, de acordo com a Empaer.
Entre os municípios que se destacam na produção estão União do Sul, Tabaporã, Itanhangá, Terra Nova do Norte e Nova Brasilândia.
O cultivo do maracujá, como polinização, plantio, adubação, é todo feito de forma manual, o que requer muita mão-de-obra.
O custo para plantar um hectare, em média, ultrapassa os 17 mil reais. Mas, normalmente no primeiro ano já para cobrir os custos. A planta começa a produzir com cinco até sete meses, e costuma ter até quatro anos de vida útil.
O aumento nessa cultura no estado teve início em 2019, com apoio da Empaer.
A maioria da produção mato-grossense abastece o mercado interno, com preços que variam entre um real e 50 centavos e um real e 80 centavos por quilo da fruta in natura.
Uma das preocupações atuais é com uma doença típica do maracujá, a Fusariose, que tem atacado algumas plantações no Norte do estado.
Os casos ainda são isolados, mas demandam cuidados, recomenda a Empaer, que tem trabalhado com a Embrapa para ajudar os produtores a evitar que o fungo se alastre.