CENÁRIO. Abate recorde de fêmeas abre caminho para valorização da arroba em 2026

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

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Dados do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, mostram que o abate recorde de fêmeas em 2025 começa a desenhar um cenário de menor oferta de animais para os próximos anos, criando oportunidades para valorização da arroba em 2026. 

Segundo o instituto, o descarte de vacas e novilhas ultrapassou 50% nos frigoríficos em alguns meses, movimentando o mercado e sinalizando um ciclo de alta para os produtores que se prepararem estrategicamente. 

Segundo especialistas, esse volume elevado funciona como mecanismo de equilíbrio no mercado, mas ao mesmo tempo reduz a capacidade reprodutiva futura do rebanho. 

Entre os animais abatidos, as novilhas tiveram destaque, principalmente por atender à demanda de frigoríficos voltados a programas de carne premium, que buscam qualidade de corte e acabamento superior. 

A redução do abate de fêmeas, prevista para os próximos meses, tende a gerar escassez controlada de animais prontos para o abate, sustentando preços mais firmes no médio prazo. 

Especialistas alertam que a estratégia de reposição antecipada será decisiva. 

Bezerros adquiridos hoje estarão prontos para o abate em 2026, quando a oferta pode se tornar mais restrita e a arroba mais valorizada. 

Essa dinâmica cria oportunidades para produtores que se organizarem para o próximo ciclo, maximizando produtividade e retorno econômico. 

Além do cenário de oferta, eventos internos e externos devem influenciar a demanda: a expectativa de consumo doméstico tende a aumentar com a Copa do Mundo e o calendário eleitoral, enquanto a China mantém forte apetite por carne brasileira, com possibilidade de abertura de novos mercados estratégicos, como Japão e Coreia do Sul.