Brasil se mantem como maior produtor de soja do mundo, mas governo descarta safra recorde 2020-2021.mp3 |
Foto da manchete: reprodução EBC
Por Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A safra 2020/2021 não deve mais ser um recorde de colheita.
O governo federal cortou nesta terça-feira a estimativa para a safra de grãos de, que, até julho, indicava a possibilidade de uma colheita de 260,8 milhões de toneladas.
De acordo com os dados do 11º Levantamento da Safra de Grãos 2020/2021, da Conab, Companhia Nacional de Abastecimento, a expectativa é que o Brasil colha 254 milhões de toneladas de grãos, volume 1,2% menor, três milhões de toneladas a menos em relação à safra anterior.
Também deve acontecer uma queda de 6,8 milhões de toneladas comparada à estimativa feita em julho.
O ano safra começa em setembro de um ano e termina em agosto do outro.
Entre as culturas mais afetadas está o milho. O plantio foi feito fora do período ideal por causa de uma seca que atrasou a semeadura e a colheita da soja. Já as geadas prejudicaram o desenvolvimento dos grãos e produtores tiveram perdas.
A produção milho deve chegar a 86,7 milhões de toneladas, sendo 24,9 milhões de toneladas na primeira safra, 60,3 milhões de toneladas na segunda e 1,4 milhão de toneladas na terceira.
Apenas para a segunda safra do cereal, a queda na produtividade estimada é de 25,7%, uma previsão de 4,065 mil quilos por hectare.
A redução só não foi maior porque os altos preços do grão impulsionaram um aumento de área plantada em 8,1%, chegando a 14,87 milhões de hectares.
Mato Grosso, principal estado produtor, foi o que menos registrou condições climáticas adversas durante o cultivo do cereal.
Com a colheita encerrada, a soja apresenta uma elevação de 11,1 milhões de toneladas na produção desta safra em relação à anterior, para 135,9 milhões de toneladas.
Com isso, o Brasil se mantém como maior produtor mundial da oleaginosa.
Para o arroz, a produção neste ciclo teve crescimento de 5% em relação ao período anterior, chegando a 11,74 milhões de toneladas.