| 03 “Botão do Pânico” salvou a vida de 16 mil mulheres vítimas de violência doméstica.mp3 |
Foto da manchete: Reprodução Web
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
Desde que foi implementado, em junho de 2021, até início de dezembro de 2024, o “SOS Mulher Botão do Pânico Virtual” preservou a vida de mais de 16 mil mulheres vítimas de violência doméstica.
Dados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso indicam que uma média de 12 mulheres solicitaram a ferramenta por dia.
Do total de 16 mil e 48 pedidos de botão do pânico deferidos neste período, mil 622 mulheres tiveram que acionar a ferramenta de proteção por terem a vida ameaçada, correspondendo a 10% das vítimas.
Os dados são de apenas de quatro cidades onde o botão do pânico funciona.
Segundo a Titular da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Cuiabá, a delegada Judá Marcondes, o botão pânico é uma ferramenta digital criada pela Polícia Civil em parceria com a Secretaria de Segurança Pública.
Ela explicou ainda que é um dispositivo que viabiliza e traz segurança às mulheres. Toda mulher de Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Cáceres que solicita a medida protetiva, tem direito ao botão do pânico.
A delegada complementa que, a partir do momento que a Justiça defere a medida protetiva com o botão do pânico, a mulher coloca uma senha dentro desse aplicativo, que funciona no celular.
E quando ela se vê na situação de descumprimento de medidas, numa situação de perigo, ela pode acionar o botão do pânico, onde o chamado é integrado diretamente com o Ciosp.
Quando isso acontece, uma viatura é enviada imediatamente ao local e o agressor pode ser preso em flagrante delito.
Se não conseguir prendê-lo, é dada toda a assistência à mulher, levando a vítima até a delegacia para que ela registre a ocorrência de descumprimento.
Além dessas quatro cidades que têm o botão do pânico é importante enfatizar que a mulher que tem a sua medida protetiva descumprida em qualquer lugar do Estado, pode ligar no 190’, destacou.
Judá finaliza orientando que a mulher, ao menor sinal de violência, deve procurar a delegacia e denunciar.