Aumento na produção de etanol de milho cria oportunidades e desafios para floresta plantada

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Foto da manchete: Assessoria/Dialog

Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti

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O aumento no número de usinas de etanol de milho em Mato Grosso nos últimos anos criou oportunidades e desafios para o mercado de floresta plantada. 

Fonte renovável de energia térmica, a madeira de floresta plantada é a opção preferencial das indústrias, mas o ritmo de implantação de novos plantios não está acompanhando a rápida expansão da produção do biocombustível no estado. 

O alerta foi dado pela Arefloresta, Associação de Reflorestadores de Mato Grosso, na última semana, durante evento da Expedição Silvicultura, em Lucas do Rio Verde. 

De acordo com o presidente, Clair Bariviera, em 2025 e 2026, a previsão é de que o Brasil use 13 milhões e meio de toneladas de milho para fabricar etanol, volume que demandaria o consumo de 27 mil hectares de eucalipto por ano, ou um total de 162 mil hectares, se fosse usada apenas essa espécie como fonte energética. 

Segundo o presidente da Arefloresta, atualmente, Mato Grosso tem dez usinas em operação, sete autorizadas e oito anunciadas, o que evidencia a rápida expansão desse biocombustível no estado. 

Ele destacou que nos próximos dez anos, o ritmo vai se intensificar ainda mais, porque a projeção é de que a produção aumentará 104%, o que gera a necessidade de plantio de mais 168 mil hectares de eucalipto. 

Clair Bariviera lembrou que quando pensamos em florestas plantadas, temos que considerar que a colheita é feita dez anos após o plantio. Isso significa que é preciso plantar hoje, e rápido, para atender a demanda em dez anos.