| 01 Audiência Pública na Assembleia Legislativa debate o futuro da Santa Casa de Cuiabá.mp3 |
Foto da manchete: Otmar de Oliveira
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
O possível fechamento da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, diante da inauguração do novo Hospital Central prevista para setembro, mobilizou parlamentares em audiência pública realizada nesta segunda-feira, na Assembleia Legislativa.
O tema dividiu opiniões dos deputados que integram a Comissão de Saúde.
Para o presidente da comissão, deputado Paulo Araújo, do PP, uma das alternativas é que a Prefeitura de Cuiabá assuma a gestão da unidade.
Já o primeiro secretário da Casa de Leis, deputado Doutor João, afirmou que é contra o fechamento da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
De acordo com o parlamentar “não se trata de fechar, mas de recuperar” e classificou como inaceitável a simples desativação de uma instituição que tem mais de 200 anos de serviços prestados à população.
Segundo ele, a unidade tem mais de 400 pacientes em tratamento de câncer, dos quais quase 100 são crianças.
“Vai mandar essas pessoas para onde? Questionou o deputado.
Entre as soluções propostas pelo Doutor João sugeriu a implementação de um modelo de gestão pública ou privada da Santa Casa, aproveitando a estrutura existente.
Ele destacou, por exemplo, que o hospital dispõe de cerca de 60 leitos de UTI, uma oferta rara diante da atual escassez no estado.
Por sua vez, Lúdio Cabral, do PT, propôs que o hospital seja regionalizado e administrado pelo Consórcio Intermunicipal do Vale do Rio Cuiabá.
Cabral defende que o Estado mantenha o contrato de gestão da Santa Casa, e depois ela seja assumida pelo consórcio da Baixada Cuiabana, para atender a população de toda a região.
E o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, declarou estar confiante em uma solução positiva por parte do Governo do Estado para garantir o funcionamento da Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá.
Ele destacou ainda que a Assembleia está pronta para colaborar com o que for necessário, inclusive na aprovação de recursos.