| Vereadores dizem que recesso de mais de 50 dias na prefeitura de Chapada dos Guimarães pode aumentar a crise no município.mp3 |
Jurandir Antonio
A prefeita de Chapada dos Guimarães, Thelma de Oliveira, do PSDB, decretou recesso na administração pública municipal entre os dias 21 de novembro e 12 de janeiro. Ela justifica a decisão alegando a necessidade de contenção de despesas.
A medida preocupa os empresários do ramo do Turismo da cidade, já que, desta forma, a Prefeitura não vai investir em eventos em comemoração ao Natal ou Ano Novo.
Tradicionalmente, Chapada dos Guimarães sempre teve um Reveillon que atrai milhares de pessoas. Turistas de todas as regiões de Mato Grosso e de outros estados procuram a cidade para passar a virada do ano.
Segundo a presidente do Conselho Municipal de Turismo de Chapada, Sonia Guimarães, o decreto tem causado preocupação aos empresários da região, em decorrência da falta de ações para as comemorações de final de ano.
Sonia afirmou também que os empresários ainda devem se reunir para analisar o decreto e estudar as medidas que podem ser tomadas.
“Essa decisão de entrar em recesso agora e só volta em janeiro, é fica difícil para nós”, lamenta a representante do setor turístico.
Alguns vereadores de Chapada dos Guimarães também criticaram a decisão de Thelma em fechar a prefeitura por mais de 50 dias.
Por isso, quatro vereadores de Chapada dos Guimarães, protocolaram na Câmara Municipal, o Projeto de Decreto de Legislativo com objetivo de anular o Decreto da prefeita Thelma de Oliveira que fixou o recesso de 53 dias nos órgãos públicos do município.
Um dos autores do projeto, o vereador Benedito Edmilson – popular Bozó, do MDB, afirmou que o decreto trará apenas prejuízos financeiros para a cidade, principalmente aos cofres da Prefeitura.
“Este decreto vai trazer prejuízos para o município. O final de ano é o período que mais se arrecada alvará, pessoas que vendem imóveis. Com a Prefeitura fechada como que vai arrecadar desta forma. O decreto dela está errado, ele é prejudicial para o município. Tem que ser anulado”, destacou o parlamentar.
Além dele, assinaram a proposta os vereadores Rosa Lisboa, do PR, Carlinhos do PT, e Mariano Fidelis, do PSC.