| Saúde de Mato Grosso em colapso. Faltam UTI’s, remédios, EPI’s e profissionais para enfrentar a pandemia.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que quatro áreas estão colapsadas na saúde em Mato Grosso.
Segundo ele, a situação é de colapso em relação as instalações hospitalares, o fornecimento de equipamentos, remédios e oferta de profissionais da área.
Figueiredo alertou que muitos profissionais estão sendo infectados, enquanto outros deixam as unidades de saúde por angústia, pavor e medo.
“Nenhum desses acadêmicos aprendeu na academia a enfrentar algo desta gravidade, e não há substituição capaz de fazer o provimento com a velocidade que se precisa”.
A solução, segundo o secretário, está no isolamento social, para que o vírus deixe de circular e, ainda, o tratamento inicial, já nos primeiros sintomas, na atenção básica.
Com este protocolo, segundo Gilberto Figueiredo, os pacientes não chegariam a ocupar os leitos de UTI.
O secretário de Saúde, disse também que não é favorável ao lockdown em todo o Estado e diz que a medida só deve ser adotada nos municípios, a exemplo de Cuiabá e Várzea Grande, que atingiram nível muito alto de risco.
Gilberto fez uma analogia para explicar o posicionamento contrário ao fechamento em todos os municípios. "Eu não vou deixar de dar analgésico para meu filho por que o vizinho não dá para o dele", questionou Figueiredo.
O secretário lembrou que o Governo do Estado não pode impor quarentena para municípios em que os prefeitos já tomaram medidas de contenção, com isolamento e barreiras sanitárias e não tem classificação de risco 'muito alto'.
O secretário de Saúde, Gilberto Figueiredo, alertou que Mato Grosso encontra-se com praticamente 90% de sua capacidade de atendimento e leitos de UTI’s, Unidades de Terapia Intensiva, já comprometidos, o que leva o Estado a um alerta máximo para um possível colapso no sistema público de Saúde.
A curva de contaminação no Estado que era uma das menores do país classificada com a mais baixa, está atualmente na classificação de alto risco de contaminação.
Estudos mostram ainda que Mato Grosso tem hoje uma das taxas mais baixas de isolamento social do país com apenas 38% de confinamento.