Raoni denuncia Bolsonaro por crimes contra a humanidade no Tribunal Internacional de Haia

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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

Texto do áudio:
O cacique Raoni pediu ao Tribunal Penal Internacional que seja aberta uma investigação contra o presidente Jair Bolsonaro, citando crimes ambientais e crimes contra a humanidade.

 

Líder indígena, reconhecido internacionalmente, e que vive no Parque do Xingu, em Mato Grosso, protocolou o pedido na última sexta-feira.

 

Com sede em Haia, na Holanda, o Tribunal Penal Internacional foi criado em 2002 tem competência para analisar e julgar denúncias de crimes de guerra, genocídios e crimes contra a humanidade.

 

O Tribunal avalia ainda crimes de ecocídio, que é um dano sério e duradouro ao meio ambiente, que pode representar prejuízos significativos à vida humana e aos recursos naturais.

 

A corte pode julgar casos dos 123 países que assinaram o Estatuto de Roma, documento emitido em 1998 para criar um tribunal internacional permanente para atuar de maneira independente.

  

"Desde a posse de Bolsonaro, em janeiro de 2019, a destruição da floresta amazônica acelerou sem medida: aumento em 34,5% o desmatamento em um ano, além do maior índice de assassinatos de líderes indígenas dos últimos 11 anos", explica o cacique

 

Segundo Raoni, não há outra escolha senão ingressar com o pedido de investigação contra o presidente da república.

 

"Bolsonaro sempre incitou à violência contra nós, não posso aceitar a forma como ele nos trata", lamentou o líder indígena.

 

O documento tem cerca de 50 páginas e reúne acusações de cientistas, instituições internacionais e ONGs ligadas aos direitos humanos.

Entre os crimes que Raoni atribui a Bolsonaro estão: suspensão da demarcação de terras indígenas, exploração da agricultura em terras protegidas, assassinatos de sete líderes indígenas em 2019 que ficaram impunes, entre outros.

Esta é a quinta denúncia contra Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional. O próximo passo será uma análise preliminar pela Procuradoria da corte para decidir se autoriza ou não a investigação do caso.

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