| Pesquisa aponta que uso continuo de máscaras provoca o aparecimento de acne.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
Pesquisa publicada no jornal "American Academy of Dermatology" apontou que cerca de 83% dos profissionais da saúde que atuaram na linha de frente contra o novo coronavírus em Hubei, na China, relataram o aparecimento de acne no rosto.
Incômodos como pele seca e descamação na região da face coberta pela máscara também foram relatados por cerca de 70% dos entrevistados.
Esse fenômeno tem alcançado pessoas pelo mundo todo e ganhou uma expressão própria: mascne, termo derivado do inglês Mask's acne, que em tradução literal significa: a acne causada pela máscara.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, o uso de máscaras faciais, item importante para conter a transmissão do coronavírus, pode causar ou piorar problemas de pele como a acne e inflamações.
A médica dermatologista Natasha Crepaldi explica que o termo mascne surgiu nos últimos meses para explicar o aparecimento da acne nas regiões do queixo e bochechas que ficam encobertos, quentes e úmidos durante o uso das máscaras faciais.
“O uso de máscaras pode causar dermatite irritativa pelo atrito com o tecido e pelo aumento da sudorese e obstrução dos poros, o que afeta a oleosidade cutânea, favorecendo cravos e espinhas e exacerbação da rosácea e da dermatite seborreica”, acrescenta a médica.
Para evitar o surgimento de espinhas, a dermatologista orienta a higienização correta do rosto, com produtos específicos para o tipo de pele, evitando a limpeza e esfoliação excessivas, além da hidratação da cútis antes de colocar a máscara.
A Sociedade Brasileira de Dermatologia lançou um documento com dicas para prevenção e cuidado da pele para os profissionais de saúde que utilizam os Equipamentos de Proteção Individual, como óculos, máscara e luvas cirúrgicas, orientando os cuidados para quem já estiver com a pele lesionada.