| Mudança no Conselho Nacional da Amazônia Legal é um “retrocesso” diz governador do Amapá.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio
O governador do Amapá, Waldez Góes, do PDT, afirmou que "não tem como dar certo" as futuras medidas do novo Conselho Nacional da Amazônia Legal.
Em decreto, o presidente Jair Bolsonaro excluiu os governadores da região do órgão de assessoramento.
Góes é presidente do Consórcio Interestadual dos Estados da Amazônia Legal.
Para ele, é importante que o governo federal escute os governos locais antes de tomar alguma medida que influencie na região.
"Não admitimos qualquer debate e iniciativa de ação, de controle e alternativas sem a participação dos amazônidas. É inconcebível", protestou o governador.
O colegiado, que antes era vinculado ao Ministério do Meio Ambiente, agora é comandado pela Vice-Presidência, além de outras 14 pastas, sem a presença dos nove governadores da Amazônia Legal.
"Olha, não tem como dar certo. Se não for criada uma metodologia que o conselho considere, prioritariamente, valorizar e escutar o conhecimento dos agentes locais da sociedade civil, não tem como dar certo. A construção deve ser coletiva e integrada", destacou o pedetista.
Os governadores que compõem o Consórcio Interestadual da Amazônia Legal devem definir um posicionamento conjunto em relação a medida no próximo fórum do colegiado regional, a ser realizado em março, em Belém.
Góes classificou a decisão de Bolsonaro como um "retrocesso".