MPF acusa deputado Nininho e prefeito de serem "coordenadores” de organização criminosa para fraudar licitações

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Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio

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A Polícia Federal realizou, nesta quarta-feira, em Cuiabá, e em vários municípios da região sul do estado, a operação “Chapéu de Palha”.

 

 Os policiais federais cumpriram ordens de busca e apreensão nos gabinetes dos deputados estaduais Ondanir Bortolini, o Nininho, do PSD, e Romoaldo Júnior, do MDB.

 

O deputado Dilmar Dal'Bosco, do DEM, e o ex-deputado estadual Mauro Savi também foram alvos da operação.


Savi teve o celular apreendido pela Polícia Federal, que chegou em sua residência por volta das seis horas da manhã.

A Prefeitura de Itiquira, cidade onde o deputado Nininho morou e foi prefeito também foi um dos alvos da ação da Polícia Federal.


Segundo investigações do Ministério Público Federal, as construtoras contratadas paras as diversas obras nas cidades repassaram “vantagens” para prefeitos, vereadores, secretários, engenheiros fiscais de obras, familiares de Nininho, além de terem realizado "movimentações bancárias suspeitas entre deputados estaduais e servidores".  

 

"A análise dos dados bancários permitiu identificar, até o momento, pelo menos 493 transações financeiras suspeitas num valor total de mais de três milhões e 600 mil reais que indicam se tratar de vantagens indevidas para agentes públicos e terceiros a eles vinculados e outras irregularidades", diz o MPF.

 

Para o Ministério Público Federal, o deputado estadual Ondonir Bortolini, o Nininho, e seu irmão, o prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini, seriam os "coordenadores" da suposta organização criminosa que fraudava licitação em vários municípios de Mato Grosso.

 

Ao todo, o esquema teria desviado mais de três milhões de reais para benefício de políticos, empresários e agentes públicos.  

 

Ministério Público Federal pediu a prisão temporária do deputado estadual Nininho, seu irmão, o prefeito de Itiquira, Humberto Bortolini, o Betão, e outras 23 pessoas, entre servidores públicos, empreiteiros e o ex-deputado Mauro Savi, mas a justiça não acatou.

O MPF também pediu o sequestro de bens de empresários e o afastamento de servidores.

Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho, do DEM, minimizou a operação da Polícia Federal contra três deputados estaduais.

 

Botelho diz que vê a investigação com “naturalidade” e garantiu que os fatos não atingem o poder legislativo. 

 

“Essa é uma investigação que não tem relação com a Assembleia, não tem nenhuma relação com a atividade parlamentar, é uma relação comercial deles. Não é nada relacionado à Assembleia”, garantiu Eduardo Botelho.

 

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