Mato Grosso tem 460 professores indígenas com curso superior dando aulas na rede estadual de ensino.mp3 |
Mato Grosso foi o primeiro estado brasileiro a oferecer formação superior para professores indígenas em projetos específicos.
O corpo docente da educação escolar indígena na rede estadual tem 460 professores com curso superior e 120 em formação.
“A Secretaria de Estado de Educação possui um projeto de formação superior. Ele existe por meio de um convênio com a Universidade Estadual de Mato Grosso, Unemat”, destaca o coordenador de Educação Escolar Indígena da Seduc, Sebastião Ferreira.
Segundo ele, o objetivo é oportunizar o acesso à formação, ao desenvolvimento crítico e o exercício da autonomia, uma vez que a formação pretende valorizar a identidade, a cultura, religião e as etnias.
A Seduc investe na qualidade do ensino, dando oportunidade para a formação também em nível médio. Em 20 anos, foram oferecidos vários cursos com quase mil novos professores qualificados.
Entre as formações ofertadas, está o Projeto Magistério Intercultural com 410 novos professores de diversas etnias e em formação mais 270 indígenas.
A Seduc oferece ainda dois cursos profissionalizantes – técnico em agropecuária e técnico em meio ambiente.
A educação escolar indígena da Seduc tem hoje mais de mil professores que atuam em cerca de 300 salas de aula, entre salas da própria escola e salas anexas, que funcionam nos três turnos.
São 70 escolas estaduais indígenas que atendem as 43 etnias existentes em todo o Estado, com mais de 12 mil estudantes, no ensino fundamental, médio e educação de jovens e adultos, EJA.
Mato Grosso foi também o primeiro Estado do país a criar, em 1995, o Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena. Com isso, garantiu a execução de política específica para os povos indígenas. É um conselho consultivo, deliberativo e de assessoramento técnico que representa as 43 etnias de todo o Estado.