Lei obriga hospitais de Mato Grosso a comunicarem delegacias sobre violência contra mulheres, crianças e idosos

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

A cada quatro minutos uma mulher é agredida no Brasil. E a cada hora, quatro meninas são vítimas de estupro.

Para fortalecer a rede de proteção a mulher, uma Lei publicada no Diário Oficial este mês, obriga hospitais públicos e privados a comunicarem delegacias de polícia sobre o atendimento de mulheres, crianças, adolescentes e idosos vítimas de agressões físicas.

Conforme o autor da proposta, o deputado estadual Doutor Gimenez, do PV, a unidade de saúde precisa fazer uma comunicação formal, com preenchimento de questionário onde deverão constar o motivo do atendimento, o diagnóstico, a descrição dos sintomas e das lesões e também os encaminhamentos realizados.

“Hoje, o fenômeno da violência é transversal a todas as classes sociais, afetando essa parcela da população destacada pela lei, que são mulheres, idosos e crianças. Assistimos relatos todos os dias nos jornais, com notícias assustadoras, são agressões e abusos de todas as formas que precisam e devem ser prevenidos e combatidos”.

Tornar a comunicação dos atendimentos dessas agressões obrigatória visa, segundo o parlamentar, que também é médico, diminuir o índice de crimes no âmbito principalmente familiar, além de ampliar a rede de proteção das vítimas que muitas vezes não conseguem agir por conta própria por inúmeros motivos. 

 “São situações em que há medo, vergonha, por isso a pessoa que vem sofrendo a violência acaba não buscando ajuda e deixa de registrar a ocorrência para a polícia, não querendo expor a si mesma e até mesmo o agressor, o que gera um desgaste também psicológico na vítima”. 

Para Dr. Gimenez, é um dever do Estado e da sociedade criar estratégias para minimizar essa violência, enquanto ao setor de saúde cabe acolher as vítimas, minimizando sua dor e evitar outros agravos. 

Segundo a Secretaria Estadual de Segurança Pública, até novembro, 36 mulheres foram mortas em Mato Grosso vítimas de feminicídio, uma média de três mulheres mortas por mês.

 

 

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