Homens, habilitados e com salário próximo a dois mil reais são maioria dos presos por embriaguez ao volante

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Vinícius Antônio

A monografia dos capitães da PM Lucas Maciel e Diego John Guindani Silva analisou 224 flagrantes gerados nas edições da Operação Lei Seca, no período de janeiro de 2015 a maio de 2019, de um universo de 324 inquéritos policiais de alcoolemia instaurados na Delegacia Especializada de Delitos de Trânsito.

A conclusão é de que 92% dos infratores são homens, de 31 a 40 anos, habilitados e com renda de até  2 mil reais por mês. O que chama atenção é que a infração por dirigir sob influência do álcool é gravíssima e a multa é de 2 mil 934 reais e 70 centavos, bem acima da renda do infrator.

Em caso de reincidência, em torno de 10% dos inquéritos, o valor é dobrado e a CNH é cassada.

Em relação a idade, 33% tem de 31 a 40 anos, seguido de 26% na faixa etária de 26 a 30 anos e 24%, acima dos 40 anos. Outros 17% tem até 25 anos.

Vinte e um por cento dos indiciados pelo crime de dirigir bêbados não tinham habilitação e outros 79% tem a CNH. Isso significa, que a maioria tem conhecimento da legislação de trânsito.

Em relação à renda, 42% dos inquéritos são referentes a motoristas que ganham até mil reais, 40%, entre mil a dois mil reais, e 18% ganham mais de dois mil mensais. Cerca de 90% nunca foram flagrados pela blitz por conduzir veículos bêbados e 10% são reincidentes.

Para o pesquisador, as medidas preventivas de educação no trânsito devem considerar esse perfil afim de impactar o público alvo das operações Lei Seca e garantir a mudança de hábito que evite o crime tipificado no artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro.

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