FICO. Prefeito diz que ferrovia vai fortalecer a economia de Gaúcha do Norte

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Foto da manchete: Divulgação FICO

Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina

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A FICO, Ferrovia de Integração Centro-Oeste, promete ser um divisor de águas para o desenvolvimento de Gaúcha do Norte e de toda a região leste de Mato Grosso.

Localizado em um dos principais corredores produtivos do estado, o município de 10 mil habitantes reúne condições ideais para se consolidar como ponto estratégico de escoamento da produção agrícola, fortalecendo sua vocação para o agronegócio sustentável.

Em uma reunião realizada recentemente com a Superintendência de Projetos Ferroviários da Infra S.A., em Brasília, o prefeito de Gaúcha do Norte, Ari do Prado, defendeu a urgência do início das obras do trecho que ligará Água Boa a Lucas do Rio Verde, passando pelo território do município.

Na reunião com o superintendente de Projetos Ferroviários da Infra S.A, Diógenes Alvares, e o coordenador de Projetos Ferroviários 1, Wagner Ribeiro Ferreira, o prefeito pediu a criação de um pátio intermodal no município beneficiando outras cinco cidades da região, que juntas produzem cinco milhões de toneladas de grãos.

Segundo ele, a obra é decisiva para abrir uma nova era de competitividade e atrair investimentos de grande porte.

Prado destacou ainda que a FICO representa uma virada de chave. Vai gerar empregos, atrair indústrias e transformar nossa logística, reduzindo custos e dando mais força à produção regional.

Em 2024, Gaúcha do Norte exportou quase nove milhões de dólares, equivalente a 29 mil toneladas de soja e milho para 10 países.

Os dados são do Observatório do Desenvolvimento da Sedec, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico.

Além dos grãos, a região é diversificada com a produção de carne, mel e fibras, e vem investindo no turismo ecológico e cultural, com destaque para o território indígena e a rica biodiversidade local.

Para isso, a logística é um gargalo que deve ser solucionado com a passagem dos trilhos pela cidade.

A FICO faz parte da política nacional de integração logística e terá papel crucial na conexão entre os pólos produtores de grãos do Centro-Oeste e os principais portos brasileiros.

Com 888 quilômetros de extensão, sendo 383 quilômetros entre Mara Rosa, em Goiás, e Água Boa e 505 quilômetros de Água Boa a Lucas do Rio Verde —, o projeto permitirá que a produção de soja e milho do norte de Mato Grosso alcance os portos de São Luís, no Maranhão, Santos, em São Paulo, e Paranaguá, no Paraná, com mais agilidade e menor custo de transporte.