| Evento que discutiu o seguro rural no Brasil contou com a participação da Aprosoja Mato Grosso.mp3 | 
Jurandir Antonio
O vice-presidente norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, Zilto Donadello, participou das discussões sobre alternativas para aprimorar o seguro rural no Brasil, na Cátedra de Agronegócio da Academia Nacional de Seguros e Previdência.
O evento aconteceu na última semana de novembro, em São Paulo, e reuniu especialistas em estatística, seguradoras, economistas, corretores de seguros e produtores rurais de diferentes regiões do país para discutir os gargalos que impedem uma maior penetração dessa ferramenta de mitigação de risco na atividade agropecuária.
Zilto Donadello pontua que a agricultura brasileira é referência mundial na produção de alimentos, tanto em volume quanto em qualidade, mas que em contrapartida não encontra apólices de seguro adequadas e com normas claras voltadas ao setor.
De acordo com as estatísticas, o Brasil utiliza cerca de 63 milhões de hectares em atividades agropecuárias, mas apenas cinco milhões são segurados, que representa menos de 10%, percentual muito baixo.
“Precisamos de seguros com regras transparentes, com riscos corretamente quantificados e a um custo apropriado. Outra questão importante são os canais de venda, o produtor precisa escolher o seguro por entender a importância e não como venda casada, ” alerta Donadello.
Para o dirigente da Aprosoja, o seguro rural daqui para frente vai ser, verdadeiramente, um mitigador de riscos.
“A partir do momento que outros investidores se interessarem pela agricultura brasileira, seja ele estrangeiro ou não, a demanda por bons seguros vai crescer rapidamente. Precisamos estar prontos para essa nova realidade”, ressaltou.
Neste sentido, é preciso que o produtor esteja preparado, munido de todas as informações da propriedade como dados de produção, custo, valor de venda, podendo no futuro captar um crédito mais vantajoso.
Um dos palestrantes do evento, Fernando Pimentel da Agrosecurity, afirmou que cerca de 58 milhões de hectares no Brasil estão desprotegidos.
No evento foram discutidos ainda, temas como seguro para custeio, seguro de produção e seguro de faturamento e receita.