Durante visita de Mourão, Mendes cobra apoio do Governo Federal para receber créditos de carbono

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

O governador Mauro Mendes pediu ao presidente da República em exercício, general Hamilton Mourão, que apoie Mato Grosso na cobrança aos países ricos sobre os créditos obtidos com a redução da emissão do dióxido de carbono, CO2, na atmosfera.

Mauro e Mourão se reuniram nesta terça-feira, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, para alinhar estratégias voltadas ao desenvolvimento, proteção e preservação da Amazônia Legal.

“Precisamos trabalhar de forma ostensiva na cobrança dos créditos de carbono por parte dos países ricos, conforme ficou definido em tantas reuniões e acordos internacionais”, afirmou Mendes.

De acordo com o governador, somente o estado de Mato Grosso possui créditos acumulados da redução de carbono na faixa de um bilhão de toneladas.

“O que ocorreu de pagamento de compensação por esses créditos foi praticamente nada até agora. Mas é muito difícil agirmos sozinhos porque precisamos da liderança do Governo Federal, que é determinante. Aí sim poderemos exigir essa compensação de uma forma muito mais organizada e racional”, destacou Mendes.

Mauro Mendes relatou também ao presidente que, na última semana, Mato Grosso lançou o Plano de Ação para combater o desmatamento ilegal e as queimadas.

 “Para se ter uma ideia, apesar de sermos um dos maiores produtores de grãos e da pecuária mundial, 62% do território de Mato Grosso está preservado. As estradas, as cidades, e toda a produção consomem 38%. Não existe nenhum estado ou país do mundo que consegue isso”, destacou.

O governador ainda pediu maior prioridade para os investimentos em infraestrutura e logística.

“A logística é fundamental para o nosso estado. É preciso intensificar as ações para viabilizar a FICO, Ferrovia de Integração Centro-Oeste, a Ferrogrão e a conclusão de toda a extensão da BR-163. Precisamos que a logística avance para nos tornarmos ainda mais competitivos”, concluiu Mauro Mendes.

Já general Hamilton Mourão, que também é presidente do Conselho da Amazônia, afirmou que o Governo Federal deverá buscar estudos técnicos para poder “colocar preço” na redução do CO2.

“O Brasil contribui com a estabilidade do clima do mundo e isso requer um custo muito grande. É uma discussão séria que precisa ser melhor debatida. A minha sugestão é que se faça um estudo de modo a precificar essa questão. Essa é uma das tarefas que iremos colocar em prática”, garantiu.

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