| Depois de muita polêmica, Assembleia Legislativa recua e suspende votação do projeto que aumentava taxas cobradas pelo Detran.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Maíra Matos
O Projeto de Lei que trata da criação, readequação, reajuste e a exclusão de taxas cobradas pelo Departamento Estadual de Trânsito, Detran de Mato Grosso, começou a tramitar esta semana na Assembleia Legislativa, mas provocou polêmica e gerou críticas dos deputados.
A proposta encaminhada pelo Governo do Estado foi colocada em primeira votação, porém, depois de muita pressão da oposição e até de deputados da base governista, uma questão de ordem apresentada pelo deputado Silvio Fávero, do PSL, pedindo a retirada do projeto de votação, foi acatada pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado Eduardo Botelho.
Conforme o deputado Lúdio Cabral, do PT, a proposta do governo estadual prevê alteração em mais de cem taxas cobradas pelo Detran e cria outras 36 taxas.
“Acho que não tem sentido o modelo de reajuste que o governo quer implementar num momento de crise econômica, de desemprego. Aumenta mais de 30 taxas em 31%. Quer fazer todos os reajustes que não ocorreram no governo anterior, de uma só vez. Quer corrigir a inflação de 2014 até agora, com um aumento que vai de 30% a 597%”, disse o petista.
Depois de muita polêmica em plenário, Fávero pediu a retirada de votação do projeto.
“Temos que questionar também a fábrica de multas. É isso que precisa ser atacado de frente. Não é o IPVA que é caro, mas as multas que arrebentam com o cidadão”, destacou o deputado.
O pedido de Silvio Fávero foi acatado pelo presidente do Parlamento, deputado Eduardo Botelho, que concordou também com o parlamentar no que diz respeito à fábrica de multas.
“Virou mesmo uma fábrica de multas e isso precisa ser combatido”, concluiu Botelho.
