| Dados do IBGE mostram queda na produção de milho e disparada no cultivo do gergeli.mp3 |
Jurandir Antonio - Voz: Eneas Jacobina
A Unidade Estadual do IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística em Mato Grosso, apresentou, antes do feriadão de Páscoa, os resultados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola, referentes à segunda Estimativa da Safra 2019/2020.
Os funcionários do instituto cumprem a quarentena em teletrabalho no momento, mas conseguiram se reunir com membros do Reagro-MT, Reunião Estadual de Estatísticas Agropecuárias de Mato Grosso, no evento virtual, sem risco de aglomeração.
O analista do IBGE, Ricardo Aratani, foi o responsável por fazer a apresentação: primeiro ele mostrou a previsão do clima para Mato Grosso, o que segundo ele é importante para acompanhar a evolução da safra, em função da disponibilidade de chuvas a produção.
Segundo o estudo, a área utilizada para o cultivo da soja no estado deve aumentar 2,64%, passando de nove milhões 724 hectares, no fechamento da safra 2018/2019, para nove milhões 980
Já a produção deve crescer 7,65% na mesma comparação, indo de 32 milhões de toneladas para quase 35 milhões de toneladas.
A área e a produção de algodão de primeira safra devem subir, respectivamente, 13,23% e 10,48% na comparação entre o fechamento da safra 2018/2019 e a 2ª Estimativa para a Safra 2019/2020, enquanto que a área e a produção de algodão da segunda safra devem ter alta de 1,88% e queda de 2,39%.
A tendência da produção de milho de primeira safra é de queda.
“Considerando nesse levantamento, depois dos ajustes feitos agora em março, apontam uma diminuição de área de 7% e de produção também próximo a 7%, diz Aratani.
Para a segunda safra, um aumento de 4,48% em relação à safra anterior, em área, e em produção, 4%”, explica Aratani.
A produção e área do cultivo de feijão, arroz e girassol devem diminuir na safra 2019/2020, de acordo com a 2ª Estimativa.
Já a área e a produção de sorgo devem aumentar 8,81% e 15,25% na comparação com a safra passada.
No que se refere ao gergelim, o destaque é a alta da produção: a estimativa é de 139% de aumento de área e 134% de produção.
A safra passada foi de pouco mais de 49 mil hectares e agora a previsão é de quase 119 mil hectares de gergelim.