Vereadora de Sinop ameaçada por bolsonaristas pede proteção de vida ao Ministério Público

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Foto da manchete: Câmara de Vereadores de Sinop

Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina

Texto do áudio:
As vereadoras petistas Professora Graciele, de Sinop, e Edna Sampaio, de Cuiabá, ingressaram com representação junto ao Ministério Público Federal em Mato Grosso pedindo punição aos autores dos ataques que circulam pelas redes sociais contra a parlamentar sinopense.

 

No documento, também pedem proteção à vida dela.

A Professora Graciele foi alvo de ameaças de bolsonaristas depois de ter sido apontada como uma das financiadoras da publicação de outdoors com críticas ao presidente da República Jair Bolsonaro. As placas foram instaladas em Sinop no último dia 27 de maio.

 

As peças faziam parte de uma campanha pelo fim do governo Bolsonaro, realizada por entidades sindicais do setor da educação e outras organizações do movimento social.

 

Os outdoors mostravam os altos preços de alimentos e combustível e as mais de 460 mil mortes por Covid-19 no Brasil.

 

Segundo a Adufmat, Associação de Docentes da UFMT, Universidade Federal de Mato Grosso, uma das entidades que está à frente da ação, seriam instalados 10 outdoors.

 

Mas a empresa de mídia responsável não chegou a finalizar o serviço, pois cedeu a diversas ameaças de empresários e sojicultores donos dos terrenos onde são fixados os materiais.

 

Apoiadores de Bolsonaro divulgaram uma nota apócrifa com os dados da empresa e ameaças aos militantes de esquerda.  Pelas redes sociais, circularam mensagens ofensivas à vereadora e o episódio ganhou destaque nacional.

 

A representação feita pela Professora Graciele e Edna Sampaio foi encaminhada ao MPF, à Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão e à Procuradoria da República em Sinop.

 

A representação denuncia o risco à vida da Professora Graciele e a perseguição pelo fato de ser opositora ao governo federal e ter proximidade com as entidades responsáveis pelo protesto.

 

“A vereadora passou a ser vítima de uma enxurrada de mensagens odientas, em grupos de WhatsApp, carregadas de discurso de ódio, caluniosas, injuriosas e ameaças, dando a sensação, inclusive, de estar em risco sua integridade física”, diz um trecho do documento entregue ao MPF.

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