| UFMT critica o Future-se e diz que não vai aderir ao programa.mp3 |
Jurandir Antonio
A Universidade Federal de Mato Grosso não vai aderir ao programa Future-se.
A decisão foi oficializada durante reunião dos três conselhos superiores da instituição, o Consepe, Consuni e Conselho Diretor.
Na avaliação da UFMT, o projeto Future-se contradiz princípios básicos da educação pública, levantando uma série de questionamentos que certamente inviabilizam o funcionamento da universidade.
Um destaque importante que tivemos diz respeito às licenciaturas. Elas não são nem sequer citadas no Future-se. São cursos que têm um papel muito importante na sociedade, pois gera a educação, forma professores, enfim, o Future-se coloca toda a sociedade em risco”, destacou Leia de Souza Oliveira, técnica participante da comissão de estudo do Future-se.
A posição oficial da UFMT frente ao programa seguiu o posicionamento da Assembleia Geral Unificada. A assembleia ocorreu no Ginásio da Universidade, reunindo estudantes, professores e técnicos administrativos, inclusive com representações dos campus do interior, Sinop, Rondonópolis, Araguaia e Várzea Grande, além do de Cuiabá.
Segundo Fábio Ramirez, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnico-administrativos da UFMT, o Future-se é “um passo para a privatização da universidade pública.
Ramirez reforçou o ataque à autonomia universitária.
“Essa organização social vai arrecadar dinheiro na iniciativa privada vendendo as pesquisas, que não mais serão desenvolvidas por uma necessidade social, mas sim pelos interesses privados, de uma empresa ou grupo.
Nenhuma das universidades federais do país se mostrou favorável ao programa. Atualmente são 63 instituições, sendo que 29 delas já se declararam, oficialmente, contrárias ao Future-se.