Trabalho infantil - 1,9 milhão crianças são exploradas no Brasil: 66% pretas ou pardas

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Foto da manchete:  Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Yaponira Cavalcanti

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O trabalho infantil no Brasil aumentou. Isso é o que mostram os dados divulgados recentemente pelo IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.

Para além desse fato, a pesquisa aponta ainda que o contingente de crianças nessa situação vinha caindo desde 2016.

Porém, em 2022, o número subiu para um milhão e 900 mil crianças e adolescentes entre cinco e 17 anos exercendo atividades remuneradas e não remuneradas.

Segundo a coordenação do IBGE, é importante ressaltar que nem toda a atividade configura necessariamente esse problema social.

Ainda, para a OIT, Organização Internacional do Trabalho, trabalho infantil é “aquele perigoso, prejudicial para a saúde e o desenvolvimento mental, físico, social ou moral ou que afasta a criança da escola”.

Outro dado constatado pela pesquisa do IBGE, é que o trabalho infantil no Brasil tem sexo e raça.

Quase dois terços são do sexo masculino e cerca de 66,3% são pretos e pardos.

Já as meninas em situação de trabalho infantil ganham cerca de 84,4% do que os meninos recebem.

E quando o recorte inclui raça, as meninas negras ganham menos ainda.