Uso de drones nas lavouras cresce e exige operadores especializados para evitar prejuízos

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Foto da manchete: Portal CNA

Por Jurandir Antonio – Voz: Yaponira Cavalcanti

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O uso de drones na agricultura tem transformado o campo brasileiro.

A tecnologia, que antes era vista como uma aposta futurista, agora é uma realidade consolidada e crescente.

Segundo estimativas da Associação Brasileira das Empresas de Drones e da Schroder Consultoria Agro, desde a regulamentação em 2021, o número de drones agrícolas saltou de cerca de três mil para 35 mil unidades em operação em 2025.

Essa expansão reflete a confiança dos produtores na eficiência do equipamento para pulverização e adubação, com redução de custos, maior precisão e sustentabilidade.

De acordo com Matias Lazarotto, fundador da AgroAcademy, um dos principais centros de formação de pilotos do país, conhecer profundamente o drone é o primeiro passo para operar de forma eficiente.

Segundo ele, não adianta apenas comprar o equipamento e sair pulverizando. É preciso configurá-lo conforme o tipo de lavoura, relevo e condições climáticas.

Lazarotto destacou ainda a importância dos acessórios, como bicos de pulverização e agitadores de cauda, que ampliam as possibilidades de uso e aumentam o rendimento operacional.

Ele lembrou que cada lavoura exige um plano de voo específico. E que fatores como vento, temperatura e umidade afetam a eficácia da pulverização e a durabilidade dos drones.

Lazarotto enfatizou que muitos produtores ainda operam “no olho”, sem considerar os riscos.

É importante lembrar que os drones agrícolas exigem registro na Anac, Agência Nacional de Aviação Civil e no Ministério da Agricultura e Pecuária.

Além disso, os pilotos precisam obter o Curso de Aplicação Aeroagrícola Remota em uma instituição homologada.