Seca avança no Pantanal; desmatamento da amazônia é uma das causas

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Foto da manchete: Christiano Antonucci | Secom-MT

Por *Kariane Costa - Repórter da Rádio Nacional - Brasília

Continua em queda o nível do Rio Paraguai, principal fonte de água do Pantanal. Em Cáceres, Mato Grosso, o valor do nível das águas é um dos  menores já registrados nesta época do ano, 64 centímetros,  cinco a menos que na semana anterior.

As chuvas chegaram timidamente em pontos isolados. Para a próxima semana não estão previstas precipitações na área da bacia do rio Paraguai. A partir da semana seguinte, chuvas mais fracas podem cair sobre a bacia, atingindo provavelmente a região localizada mais ao sul do estado de MS. Os dados são do último boletim do Serviço Geológico do Brasil – CPRM.

O pesquisador, Marcus Suassuna afirma que a seca avança de forma rigorosa e explica que a empresa monitora a situação. Os boletins são repassados às companhias de saneamento da região, produtores agrícolas e até institutos internacionais que dependem da hidrovia Paraná- Paraguai.

Com a seca aumentam as queimadas. Felipe Augusto Dias, diretor executivo do SOS Pantanal relata que os reflexos vão desde a falta de água potável para moradores das comunidades até a diminuição de alimentos e água para os animais. Felipe Augusto avalia que a seca que atinge hoje o Pantanal não é um fato isolado, mas sim uma consequência de desmatamento da Amazônia entre outros fatores.

Walfrido Tomas, pesquisador da Embrapa, alerta que há um risco de desastres tanto econômicos como ambientais para o meio ambiente, a agropecuária e agricultura do Pantanal.

José Padua, gerente do sistema da Federação da Agricultura  de Mato Groso do Sul diz que a entidade acompanha a situação, com ações como cursos para prevenção de incêndios.

Os prejuízos já são visíveis  e caros para os moradores da região. Como relatam Eduardo Cruzetta diz que busca alternativas para contornar a situação, como a antecipação da comercialização dos animais.

O governo do Mato Grosso do Sul já decretou estado de emergência por 180 dias na região. A preocupação além da estiagem, são as geadas e os incêndios florestais.

O  governo local afirma  que os trabalhos estão focados na prevenção e com apoio e investimento em equipamentos e treinamentos. O monitoramento da área também está sendo feito via satélite, e a vigilância dos bombeiros e dos setores de fiscalização tem sido diuturna no bioma pantaneiros e nos parques estaduais, com monitoramento aéreo e por imagens de satélites.

Ações de prevenção também em Mato Grosso. Entre outras ações, para combater, evitar crimes ambientais o governo local montou uma operação na região do Pantanal.

A ação é coordenada Secretaria de Estado de Segurança Pública. As forças de segurança irão repassar orientações para as comunidades sobre crimes ambientais

*Com produção de Salete Sobreira

Edição: Raquel Mariano / Beatriz Arcoverde

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