Se não tiver nova manobra, reajuste dos servidores do TJ deve ser aprovado nesta quarta-feira

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Foto da manchete: Divulgação/Redes sociais

Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina

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A Assembleia Legislativa deve votar nesta quarta-feira, o reajuste de 6,8% dos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.  

Na avaliação do vice-presidente da Casa de Leis, deputado Júlio Campos, do União Brasil, o projeto deve ser votado, mas depois será vetado pelo governador Mauro Mendes.  

Por isso, essa situação deve se arrastar até o ano que vem.

No caso de veto do governador, o projeto voltaria para a Assembleia Legislativa em 2026 e pode começar tudo do zero, segundo Campos.

O Tribunal de Justiça encaminhou a proposta para o legislativo há mais de três meses.

Porém, Mauro Mendes é contra o aumento e tem pressionado os deputados da sua base para barrar a proposta.

Na semana passada, a votação foi interrompida após pedido de vista do deputado Chico Guarnierido PRD, o terceiro desde que o reajuste chegou ao plenário. 

Já o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Max Russi, garantiu que o projeto vai à votação nesta quarta, uma vez que novos pedidos de vista são proibidos pelo regimento interno.

De acordo com informações de bastidores, o Palácio Paiaguás estaria orientando os deputados da base para que não compareçam ao plenário da Assembleia Legislativa para não dar quórum e, mais uma vez, evitar a votação do reajuste dos servidores do TJ.

Se for confirmada, essa nova manobra pode travar a análise do aumento novamente.

Para justificar sua posição contrária ao reajuste, o governador alega o risco de um possível efeito cascata caso o reajuste ao Judiciário seja aprovado pela Assembleia Legislativa.

Para Mauro Mendes, a medida pode gerar uma pressão bilionária sobre as finanças estaduais, caso outros poderes reivindiquem o mesmo índice de aumento.