| Registros de armas explodiram em Mato Grosso no último ano do governo Bolsonaro.mp3 |
Foto da manchete: Agência Brasiç
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
A comoção provocada pelo assassinato de sete pessoas, inclusive uma criança de 12 anos, na chacina de Sinop, trouxe à tona a discussão sobre a política armamentista implementada durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL.
Entre 2019 e 2022, durante o governo de Jair Bolsonaro, do PL, mais de 56 mil armas foram registradas por CACs, colecionadores, atiradores esportivos e caçadores em Mato Grosso e em Mato Grosso do Sul, de acordo com dados do Exército.
No último ano da gestão Bolsonaro, o registro explodiu, com 33 mil e 79 novas armas cadastradas, o que representa uma média de 90,6 armas por dia e aumento de 1.010,4%, comparando com dados de 2019.
A região militar de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, em 2022, conforme os dados disponibilizados por meio do Portal da Transparência, foi a quinta região com mais registros, atrás de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Distrito Federal e Goiás.
Em 2019, primeiro ano do governo de Jair Bolsonaro, foram registradas duas mil 979 armas. Em 2020, quatro mil 775. Já em 2021, foram 15 mil 185 registros, e em 2022, último ano do governo, disparou para 33 mil e 79 registros de armas.No último ano de Jair Bolsonaro, que tinha entre suas principais pautas o armamento da população, os dois estados da região Centro-Oeste abriram 38 clubes de tiro e foram emitidos 22 mil e 11 certificados CACs.
Ao longo do mandato do ex-presidente, a quantidade de CACs subiu de 117 mil 467, em 2018, para 813 mil 188, em 2022, de acordo com dados do Exército.
Bolsonaro editou decretos que facilitaram o acesso a armas, inclusive as de grosso calibre e uso restrito, como fuzis, com critérios menos rígidos para posse e aquisição, além de uma maior quantidade de munições por ano para os CACs.