Receita Federal cria obstáculos a internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon de Várzea Grande

Áudio
Download do arquivo abaixo: (ou botão direito em salvar link como)

Jurandir Antonio

A internacionalização do Aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande, ainda não saiu do papel.

 

Por isso, a Câmara Setorial Temática da Faixa de Fronteira foi conhecer de perto a proposta de internacionalização do aeroporto e quais as propostas que serão implementadas pela concessionária Centro-Oeste Airport para a operação de voos diretos de Várzea Grande para Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.

Segundo o superintendente da Infraero, Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária, Laelson Augusto do Nascimento, as instalações alfandegárias estão prontas, mas não foram entregues porque esbarra em uma nova exigência da Receita Federal, que define a área destinada ao setor alfandegário em 180 metros quadrados, sendo que a área construída hoje e aprovada pela instituição é de apenas 51 metros quadrados.

No entendimento da Infraero, o local tem todas as condições para atender voos internacionais. A área para embarque e desembarque está pronta.

Hoje, o aeroporto Marechal Rondon opera com cerca de três milhões de passageiros por ano, porém a capacidade é de mais de cinco milhões de passageiros. Essa demanda deve ser acrescida em 2019, com a capacidade aumentada em mais 100 mil passageiros.

A proposta de voo de Cuiabá até Santa Cruz de La Sierra define que a aeronave deve disponibilizar 118 assentos, com duas viagens semanais.

O superintendente disse ainda que já existe parecer favorável da Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, do Ministério da Agricultura e da Polícia Federal para a autorização do voo internacional para a Bolívia.

O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, afirmou que é inconcebível um estado como Mato Grosso, com um potencial econômico elevado, com a maior produção nacional de grãos e carne bovina ainda não ter um aeroporto internacional.

“Não podemos permitir que um órgão federal venha a atrapalhar o desenvolvimento e o crescimento do estado. No Brasil, existem aeroportos que não têm a infraestrutura, mas fazem voos internacionais. Hoje temos condições de realizar voos para Santa Cruz de La Sierra. O Brasil precisa ser destravado e simplificado”, cobrou Miranda.

Já o deputado federal Doutor Leonardo, do Solidariedade, afirmou que vai discutir com a bancada federal a necessidade urgente de o Marechal Rondon ser reconhecido como aeroporto internacional. Segundo ele, as obras efetuadas já são suficientes para o aeroporto fazer voos internacionais.

A iniciativa de criar a Câmara Setorial Temática da Faixa de Fronteira é do deputado estadual Carlos Avallone, do PSDB, tendo como coautores os deputados Doutor Gimenez e Valmir Moretto. A câmara é presidida pelo ex-deputado estadual José Lacerda.

Comentar

Texto puro

  • Nenhuma tag HTML permitida.
  • Quebras de linhas e parágrafos são gerados automaticamente.
  • Endereços de páginas da Web e endereços de e-mail se transformam automaticamente em links.