| Pesquisa aponta que mais de 80% dos consumidores têm dívidas no cartão de crédito.mp3 |
Foto da manchete: Marcello Casal Jr. | Agência Brasil
Por Jurandir Antonio – Voz: Vinícius Antônio
Texto do áudio:
O cartão de crédito continua sendo o “vilão” do endividamento, com participação de 81,2% no volume de dívidas dos consumidores, revela a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor divulgada pela Fecomércio, Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso.
Comparado com igual intervalo de 2022, houve aumento no endividamento por este instrumento de pagamento eletrônico, sendo que em março do ano passado 75,3% das famílias residentes em Cuiabá possuíam este tipo de dívida.
Entre os consumidores residentes na Capital mato-grossense com renda acima de dez salários mínimos, 92,8% têm débitos contraídos com o cartão de crédito.
A proporção entre a parcela de consumidores com renda abaixo de dez salários mínimos é menor e chega a 80%.
Na tentativa de diminuir o endividamento e inadimplência com esse meio de pagamento, os bancos se comprometeram a entregar ao Ministério da Fazenda um estudo sobre as causas dos juros altos no rotativo do cartão de crédito, que é um tipo de crédito oferecido ao consumidor quando ele não faz o pagamento total da fatura do cartão até o vencimento, informa a Serasa.
O problema é que os juros do crédito rotativo estão entre os mais altos do mercado.
Para se ter ideia, a taxa de juros do crédito rotativo chegou a 409,3% ao ano no fim de 2022, nível mais elevado da série estatística do Banco Central, que começou em 2012.
Atualmente as taxas de juros estão em torno de 417,4% ao ano, segundo o Banco Central.