Pequenos agricultores do nortão estão na última etapa da certificação de produção orgânica

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Foto da manchete: Eduardo Queiroz

Por: Jurandir Antônio – Voz: Enéas Jacobina

Texto do áudio:

 

Famílias e grupos de agricultores e agricultoras familiares da Repoama, a Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense, estão prestes a receber uma inédita certificação orgânica nas regiões norte e noroeste de Mato Grosso.

Ao longo dos últimos meses, membros da rede realizaram vistorias nas propriedades interessadas no processo.

Durante o processo, foram analisados os insumos utilizados na produção e as técnicas de manejo, bem como documentos importantes para a avaliação da conformidade.

Este é o último passo para que os produtores possam comercializar seus produtos com o selo.

Segundo o técnico socioambiental do ICV, Instituto Centro de Vida, Jessé Lopes, pontos como o armazenamento dos insumos, os perigos de contaminação da água na propriedade, o bem-estar animal e o manejo do lixo também foram analisados.

Os produtores e produtoras da Repoama são dos municípios de Alta Floresta, Paranaíta, Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Colniza. E grande parte deles já produzia sem utilizar agrotóxicos há anos.

Contudo, foi só após a rede ser credenciada como Sistema Participativo de Garantia pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no início deste ano, que o sonho da certificação ficou mais próximo de se tornar realidade.

A Rede de Produção Orgânica da Amazônia Mato-grossense, é o primeiro Sistema Participativo de Garantia da agricultura familiar não-indígena em Mato Grosso.

Com o fim das visitas, a comissão de ética e demais presentes emitem um parecer dizendo se a propriedade está apta ou não a receber o certificado e, a partir disso, comercializar sua produção como orgânica.

As famílias são, por fim, cadastradas no SisOrg, Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica.