Pão francês deve ficar 15% mais caro na semana que vem por causa da alta do dólar

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Jurandir Antonio - Voz: Vinícius Antônio

A escassez de trigo e a alta do dólar vão mexer no bolso das famílias brasileiras que consomem um pãozinho.

O preço do pão francês, por exemplo, deve registrar alta de 15%, a partir da próxima segunda-feira.

Segundo o presidente do Sindipan, Sindicato das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Estado de Mato Grosso, Rodrigo Nogueira, o quilo do pão francês deve passar de 15 para 18 reais, em média, em Cuiabá.

A alta, segundo ele, é reflexo da escassez de trigo no mercado brasileiro e vai refletir nos demais itens alimentícios feitos à base do produto, como o macarrão.

A tonelada de trigo passou de 200 dólares em novembro de 2019 para 300, neste mês.

“Com a disparada do dólar, esse valor subiu ainda mais para o brasileiro”, explica Nogueira.

A produção interna de trigo não é suficiente para atender a demanda brasileira, que busca no mercado argentino a saída para a falta do produto.

Mas, neste ano, a Argentina acabou vendendo para o mercado asiático em razão dos melhores preços.

A tendência é que o preço do pãozinho continue subindo no Brasil caso não haja uma intervenção do Governo, avalia Nogueira.

“O ideal é o governo buscar novos países para importar o produto. O trigo usado hoje é tudo de estoque regulador de moinho”, afirmou o presidente do Sindpan.

Mato Grosso consome 15 mil toneladas de trigo por mês. Desse total, cinco mil são originárias da Argentina e o restante é de produção nacional, sobretudo do Paraná e Rio Grande do Sul.

“Nós tínhamos que ter mais incentivos. Esse é um produto que todo mundo come. O Brasil teve uma super safra de qualidade no Sul. Conseguimos um produto melhor que o da Argentina, mas sem incentivo à produção no país não decola”, lamenta Rodrigo Nogueira.

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