| 01 Novo pedido de vista impede aprovação do reajuste salarial dos servidores do TJ.mp3 |
Foto da manchete: Gilberto Leite / ALMT
Por Jurandir Antonio – Voz: Eneas Jacobina
Texto do áudio
O presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado Eduardo Botelho, do União Brasil, explicou nesta quarta-feira o rito que será seguido após o novo pedido de vista que adiou outra vez a votação do reajuste salarial de 6,8% aos servidores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.
O pedido foi feito pelo deputado Dr. Eugênio, do PSB, que teria cumprido ordem do próprio governador Mauro Mendes, que é contra o aumento para os servidores do TJ, o que interrompeu a análise do projeto.
O encontro contou com a presença do presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Zuquim Nogueira, além dos desembargadores Carlos Alberto Alves da Rocha e Orlando Perri, e dezenas de servidores que lotaram a sala das comissões.
Botelho esclareceu que a proposta voltará à pauta da Comissão na próxima terça-feira, dia 11 de novembro.
O deputado explicou que na comissão não cabe mais vista. No plenário, sim. Segundo ele, após a votação na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, o projeto segue para o plenário da Casa de Leis, onde será submetido à segunda votação na quarta-feira.
Caso haja novo pedido de vista durante a sessão plenária, o texto deve retornar para votação definitiva só no dia 19 de novembro.
A avaliação é de que haverá um novo pedido de vista na sessão do dia 12, o que empurraria a decisão final para o dia 19, quando não será mais possível adiar a votação.
Sem votação do projeto que prevê reajuste salarial de 6,8% com ganho real para os servidores do Poder Judiciário, o presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso, Rosenwal Rodrigues, anunciou a paralisação da categoria para a próxima quarta-feira, ele destacou que já trabalha com indicativo de greve por tempo indeterminado caso a Assembleia Legislativa continue travando a votação.
Segundo Rodrigues, o Governo do Estado estaria interferindo diretamente no processo legislativo para impedir o reajuste. Ele classificou a postura do Executivo como “abuso de poder” e afirmou que os servidores não aceitarão manobras políticas que prejudiquem a categoria.
Se aprovado, o texto segue para o governador Mauro Mendes, que poderá sancionar ou vetar o reajuste.