Mudanças climáticas drásticas em regiões brasileiras podem comprometer mercado futuro da soja no país

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Foto da manchete: Reprodução Web

Por Jurandir Antônio - Voz: Yaponira Cavalcanti

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As condições climáticas desafiadoras, com o excesso de chuvas no sul e a seca no norte do país, por exemplo, estão exercendo uma pressão significativa sobre o mercado futuro da soja no Brasil.

Levantamentos feitos por especialistas, até o último fim de semana, mostram que o plantio já está atrasado, em relação a igual período de 2022.

Apenas 17,35% do plantio da safra de soja foi concluído até o momento, enquanto a semeadura já estava em 22,60% no ano passado.

A média dos últimos cinco anos é de 16,79%, o que destaca a atual desaceleração no plantio de soja.

O Paraná, que teve chuvas moderadas e na hora certa, lidera o plantio, com 43,2% já concluído, em comparação com os 33% registrados no ano anterior.

Já em Mato Grosso, que enfrenta um calor excessivo e seca, plantou apenas 27,1%, comparado aos 41,35% do ano anterior durante o mesmo período.

Essas alterações climáticas, segundo os especialistas, podem levar muitos produtores a terem que replantar em algumas áreas, especialmente em regiões onde tem faltado chuva.

Essa situação adversa tem levado os produtores a se preocuparem mais com as condições climáticas, do que com as tendências do mercado.

Embora seja essencial acompanhar ambos os aspectos, a maior apreensão recai sobre as perspectivas de chuva no futuro imediato.

Isso ocorre porque o plantio já está em atraso e existem indícios de que o Centro-Norte do Brasil pode enfrentar mais retardos devido à falta de chuvas convencionais para a reposição hídrica necessária.