03 Modelo de gestão do Hospital Central é discutido em audiência pública.mp3 |
Foto da manchete: Luiz Alves/ALMT
Por Jurandir Antonio – Voz: Enéas Jacobina
Texto do áudio:
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) realizou audiência pública, nesta segunda-feira, para discutir o modelo de gestão do Hospital Central de Cuiabá. Conforme a proposta do governo, o hospital seria gerido pela Sociedade Beneficente Israelita Albert Einstein.
O deputado Lúdio Cabral (PT), autor do requerimento da audiência pública, afirmou que a proposta do governo é ilegal e inconstitucional. Segundo ele, a proposta traz várias ilegalidades, criando insegurança jurídica para a lei. A proposta deve ser votada em regime de urgência na sessão ordinária nesta quarta-feira.
O deputado afirmou que é contra o modelo de gestão por meio de organizações sociais de saúde (OSS). Segundo ele, esse modelo já foi utilizado em Mato Grosso entre 2011 a 2018, trazendo resultados negativos ao estado.
O parlamentar ressaltou que é a favor de um modelo que tenha na administração direta os servidores públicos concursados, efetivos e qualificados no quadro estável da Secretaria de Estado de Saúde.
A parceria entre o Hospital Albert Einstein é possível, segundo Cabral, porque o estado já tem dois contratos em vigência com a unidade de saúde. Segundo Lúdio Cabral, os contratos foram firmados em 2022 e outro em 2023.
Durante a audiência, o secretário estadual de Saúde, Gilberto Figueiredo, afirmou que o estado vai economizar aproximadamente R$ 50 milhões por ano com a gestão do Hospital Albert Einstein.
As obras do Hospital Central começaram em 1984, mas foram paralisadas em 1987. No hospital, já foram investidos R$ 513 milhões, sendo R$ 273 milhões em obras e mobiliários e R$ 240 milhões em equipamentos.